terça-feira, 11 de setembro de 2012

The Climb #2


Uma parte razoável da história vocês já sabem.

Enquanto eu corria por fora para meu intercâmbio na Holanda, eu também investia em outras áreas, fazendo entrevistas para indústrias farmacêuticas multinacionais. Nesse meio tempo, fui selecionado para ser estagiário na área de Desenvolvimento de Produtos, em uma indústria alemã. Era a indústria que eu mais tinha sonhado em trabalhar desde que comecei a procurar estágio.

Enquanto as dificuldades da Holanda cresciam, com uma grande desorganização e falta de articulação entre o CNPq, a Nuffic (parceiro responsável por intermediar o contato entre as universidades holandesas e o CNPq) e as próprias universidades, eu me encontrava no meu trabalho. Apesar de, em pouco tempo, se tornar claro que não seria a área que eu gostaria de trabalhar por toda a vida, o que eu aprendia ali, naquele momento, me consumia e me preenchia de uma maneira inacreditável.

Além, claro, do meu apego às pessoas. Eu me apego muito fácil, então, se tornava cada vez mais difícil uma possível escolha entre continuar lá e ir pra Holanda. Mesmo com muitas dificuldades, as barreiras foram se tornando mais brandas e caíram, uma a uma, diante da minha persistência. Primeiro, o teste de proficiência em Inglês, língua na qual meu conhecimento foi todo oriundo de autodidatismo, depois o contato com as universidades diretamente, um turbilhão de problemas, CNPq e seu reconhecimento de firma, enfim.

Tudo e, absolutamente, tudo, passou. Após a resposta positiva, começou a luta para os preparativos da viagem: conversão para euros (veja que piada: o CNPq depositou os valores iniciais com a cotação comercial, mas nós só podemos comprar com cotação turismo. Resultado? Perda de ~€300-400), arrumar a bagagem, entre outros.

Ainda havia o detalhe de eu nunca ter andado de avião.

E minha primeira viagem, direto para Europa, seria de longas 11:15h...

2 comentários:

Bruno Etílico disse...

andar de avião é tédio da vida
e... bem... AONDE VC TAVA COM A CABEÇA DE FICAR INDECISO ENTRE IR À HOLANDA E TRABALHAR DE ESCRAVO AQUI SEM TER ESSE ACRÉSCIMO NO SEU CURRÍCULO???

vc fez uma ótima escolha!
;D

FOXX disse...

tow com o Gabriel, no seu caso, não havia duvida em escolher: ir embora é a única explicação lógica.